domingo, 14 de setembro de 2008

Fazendo filme

Eu tenho um problema. Ta eu sei, não sou a única. Alias, não tenho apenas UM problema, tenho vário, mas o problema em questão, é o de eu querer fazer que acontecimentos comuns se tornem em verdadeiros eventos cinematográficos com direito a 1 bilhão de bilhetes vendidos e indicação ao oscar. Enfim, aquela velha historia de “ter o que contar”, mas isso cansa. E bom, minha vida não é tão agitada e interessante assim.
Lanço-me em historias de romances perfeitos que fazem chorar, em comédias românticas, em tragédias, e ficções. Os coadjuvantes vêm e vão, alguns nem se vão, outros nem aparecem em cena, alguns que eu julgava ser bons se mostram verdadeiros fracassados, outros ficam a espera da nova cena. Triste mesmo, é quando me deparo com os tais fracassados - eles resultam em rombos no orçamento - porque acabo tendo que modificar todo o roteiro, sim eu sou a roteirista. Quando as coisas fogem do controle, paro a cena, grito, fico vermelha e mando todo mundo embora, sim eu sou a diretora também.
Mas nessa brincadeira, acabo deixando momentos menos grandiosos passarem despercebidos. Fazendo de uma simples saída pra comprar pão em uma fuga grandiosa com direito a conversível e vento lambendo os cabelos. E daquele beijo na porta de casa em um torrencial beijo debaixo da chuva numa avenida grande e vazia, com direito a trilha sonora. Aquele tchau, transformo em adeus, junto com choro e sentimento de que nada será como antes;
Por ser a protagonista e antagonista (depende do ciclo menstrual) da história tento ser cativante, mas isso também cansa; a atriz famosa aqui tem crises e precisa ser internada, não consigo conviver com tanta fama.
Por muito tempo fui documentário, mas entenda ele não estava me dando muitos lucros, talvez as histórias fantasiosas e cheias de esperanças sejam mais vantajosas; capitalista sim, e daí? Prefiro continuar assim protagonizando um filme cult, sem fim, cheio de coadjuvantes que vem e que vão, quem sabe nesse percurso não encontro uma grande estrela.



ps: Meus posts estão cada vez mais escassos, mas isso não quer dizer que durante a semana eu não acompanhe os blogs de vcs as vezes só não comento. E é isso.

beijos

16 comentários:

T. disse...

que bom que vc gostou dos meus posts.
gostei do seu blog tbm.
vou colocar na minha lista para consultar sempre.

beijos

Anônimo disse...

moça sonhadora... sua doçura sempre me encanta... sutil desajustada. grande beijo

Ciça. disse...

Ninguém tem uma vida repleta de aventuras e grandes acontecimentos o tempo inteiro..

:*

Anônimo disse...

Sabe o que sinto falta? Da COLORBAR que aparecia no inicio dos filmes em fita vhs... Elas me lembravam que no fundo a gente sempre pode dar mais vida as cores da nossa história ao inves do melancolico preto e branco do dia-a-dia.

Ps: pelo visto o virus dos posts escassos está solto, assola nós dois...

Te cuida guria... e ainda te espero pelo msn...

Alessandra Castro disse...

Hahahaha os reais blockbusters estão mesmo em falta. Queria pode criar épicos sabe? Meio que Os Dez mandamentos ou Cleopatra.

Яoьεяτα disse...

Olá, desculpe andei meio sumida mas aos poucos vou colocando a casa em dia.
Me ajuda a divulgar um blog novo (claro, se vc gostar)


http://winformando.blogspot.com


Beijãozão

Janete Andrade disse...

às vezes precisamos dá mais ação, mais cor à nossa vida... :)

;*

Antônio J. Xavier disse...

Eu acho que no fundo vc é mesmo uma diva!

Bjosssss

Jééh ! disse...

com respeito ao blog tah igual eu, entra mas nem dá tempo de comentar as vezes =/

bejo!

Salve Jorge disse...

O seu filme cult
Muito bem repercute
Recebe boas notas da crítica
E mesmo a vida sendo elíptica
Até é indicado a alguns prêmios
De uns grêmios
De roteiristas rebuscados
Não por ter temas nunca dantes tratados
Mas pela fineza única
Com que a protagonista / antagonista consegue seguir adiante...

Junkie Careta disse...

Ei baby,

Você parece não ter nada a perder com essas produções. É roteirista,diretora, atriz e pelo que percebo, até sonoplasta. Pior mesmo é viver uma vida sem filme algum, sem abraço no cinema, sem amasso, sem beijo cinematográfico, sem lágrima, sem riso, sem som, sem luz, sem cor.

Desejo-lhe filmes românticos,eróticos cool,artísticos,inteligentes,premiados, sem tragédias, com roteiros imprevisíveis e muitos finais felizes.

Grande abraço

Bella disse...

Se todos vivêssemos o tempo todo em documentários, a vida seria mais real...e mais cahta também ;)
Abraços!

Junkie Careta disse...

Oi cineasta e faz-tudo,

Quando tiver um tempinho, estou falando sobre até que ponto se pode querer alguém em meu último delírio, no spleen rosa chumbo.Dê uma olhada.

Grande abraço

Luíza Maria Hollanda de Mello @lulymello disse...

tô sentindo falta dos seus posts incriveis!!!
vooooooooooooooooooolta
please!

Mii ♥ disse...

Nossa, como gostei daqui. li não só esse mais outros posts também.
Seus filmes podem ter sucesso; ao menos você também os produz.
beijô.

Winformando disse...

Também tenho um problema sério. Nunca sei como conciliar minha perfeição com minha modéstia.

hehehehehehe


bjs menina desajustada.